
O Programa de Saúde Pública mais antigo do país nesta área é paranaense.
Comemoramos 40 anos de atuação ininterrupta do Programa Estadual de
Combate ao Tabagismo. Passando por altos e baixos, com carência de
recursos, especialmente humanos, mas superando obstáculos
e persistindo nas ações de esclarecimento e de tratamento do tabagismo.
Participamos ativamente também da luta pela aprovação da
Convenção-Quadro da OMS, primeiro acordo internacional da área da saúde
que definiu diretrizes de ação para serem desenvolvidas pelos países
membros. E o Brasil esteve à frente desse movimento. As proibições
de publicidade, as restrições do tabagismo em vários locais e o
engajamento dos médicos e profissionais de saúde estão “fazendo a
diferença”.
Com isso, o número de fumantes no país tem diminuído. Os dados são do
Ministério da Saúde e do Banco Mundial. Em 2000 era 25,2%. Em 2016 era
de 13,9%. Hoje, as estimativas são de que gire em torno de 12%. Enquanto
isso, em países com economias similares a situação
é pior, como Rússia com 39,3%, Argentina com 21,8 e África do Sul com
21,2%. Nas economias mais desenvolvidas, os porcentuais em 2016 eram:
21,8 para EUA, 25,6 na China, 22,1% noJapão e 32,7% na França.
Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Imperial
College of London analisou o impacto das medidas restritivas sobre a
saúde infantil brasileira e concluiu que elas evitaram a morte de 15 mil
crianças entre 2000 e 2016. As autoridades e
organismos internacionais têm pedido aos governos do mundo todo que
introduzam novas leis antifumo, mais abrangentes, para proteger a saúde
de todos e em especial das crianças.
A Assembleia Legislativa do Paraná e os seus deputados têm contribuído
de forma decisiva para que essa nova realidade se consolide e que a
tendência rumo ao “FUMO ZERO” continue. Aprovamos leis que serviram de
exemplo para outros estados. Neste ano, comemora-se
os 10 anos da Lei 16.239/2009, conhecida como “Lei Antifumo”, de
autoria do Deputado Luiz Claudio Romanelli e outros, que proibiu em todo
o estado o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e
também o uso de cigarros eletrônicos em ambientes fechados
de uso coletivo, públicos ou privados.
Os benefícios da Meta “FUMO ZERO” são evidentes. Uma pequena minoria
ainda resiste. Para tristeza dos seus amigos e familiares. Vivem cada
dia mais isolados. Afinal, ninguém quer entrar para as estatísticas das
mortes por câncer por ser um consumidor passivo
dos produtos cancerígenos que são propagados pela fumaça do cigarro. E
para contribuir mais ainda para a diminuição do tabagismo no Paraná,
tramita Projeto de Lei de autoria nossa e do Deputado Romanelli, que
estende a proibição do fumo aos ambientes de uso
coletivo a céu aberto, onde haja permanência ou circulação de pessoas. O
apoio tem sido unânime em todas as regiões do estado. Estamos
trabalhando para que a votação do projeto de lei aconteça ainda neste
ano. Fonte: Paraná Info
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