Policiais Civis foram as ruas de cidades de Goiás e Paraná para prender médicos suspeitos de reaproveitar materiais cirúrgicos descartáveis

A cidade de Ivaiporã acordou assustada com uma
operação, cujo alvo são médicos suspeitos de reaproveitar materiais
cirúrgicos descartáveis. Os mandados judiciais são cumpridos no Paraná e
em Goiás. Segundo o Portal G1, ao todo, há oito ordens de prisão
temporária e 12 de busca e apreensão. Os alvos são médicos urologistas,
uma instrumentadora cirúrgica e a secretária de um dos profissionais. A
cidades alvos são: Campo Mourão (PR); Ivaiporã (PR); Francisco Beltrão
(PR); Goiânia (GO) e Rio Verde (GO). De acordo com a Polícia Civil,
cateteres e outros equipamentos eram utilizados em até 15 cirurgias. Os
equipamentos eram vendidos a médicos urologistas que, conforme a Polícia
Civil, reaproveitavam os materiais em cirurgias de pacientes
particulares – proporcionando um lucro maior aos cirurgiões. O custo dos
materiais era de R$ 1,2 mil, porém, eram comprados pelos profissionais
por um preço entre R$ 250 e R$ 300, segundo a Polícia Civil. Os crimes
investigados são associação criminosa, falsidade ideológica de documento
particular e adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou
medicinais. De acordo com a Polícia Civil, os alvos da operação devem
ser indiciados por esses crimes. As investigações apontaram que a
instrumentadora cirúrgica e a secretária tinham conhecimento da
ilicitude dos procedimentos. Esta ação é um desdobramento da operação
"Autoclave", que foi realizada em setembro no interior do Paraná. Na
ocasião, a Polícia Civil desmanchou um grupo criminoso envolvido com
adulteração, por meio de esterilização ilícita de materiais descartáveis
já utilizados por médicos em cirurgias urológicas.
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