CORONAVÍRUS - Passou de 130 suspeitos em todo Brasil e 6 no Paraná
Após cerca de 24 horas da confirmação do primeiro
caso de coronavírus no Brasil, o número de pessoas oficialmente
tratadas como suspeitas de ter o vírus no país é de 132, segundo o
secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. No Paraná,
eram 06 até do dia 28 de fevereiro. Na última sexta-feira (21 de
fevereiro), era apenas um caso.
O Ministério da Saúde recebeu as notificações dos estados até a tarde de
27 de fevereiro, mas não analisou todos. “Esse número não é
definitivo. É muito maior que 132. Ficamos com 213 notificações ainda
não analisadas. Elas podem ser todas consideradas suspeitas ou apenas
uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade, temos perto de
300 casos suspeitos”, disse Gabbardo.
Segundo o secretário, esse aumento se explica em virtude do aumento do
número de países com fluxo migratório intenso com o Brasil, e que têm
pessoas com o vírus. Um exemplo é o primeiro caso confirmado no Brasil. O
homem de 61 anos não esteve na China, que concentra a maioria dos casos
no mundo, e sim na Itália. Após a confirmação desse caso, pessoas com
histórico de viagem à Itália, à França e à Alemanha e que apresentem
febre somada a um sintoma respiratório também são tratadas como
suspeitas de ter o coronavírus.
Critérios
O ministério tem usado como critérios de determinação de casos
suspeitos: ter viajado para um dos 16 países da Ásia, Europa e Oriente
Médio com casos da doença; não ter viajado, mas ter tido contato com
esses viajantes ou ter tido contato com o caso confirmado no Brasil. Em
todas as hipóteses, a pessoa é considerada como um caso suspeito se
apresentar febre somada a um sintoma respiratório.
Os 16 países considerados na definição de casos suspeitos são:
Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas,
Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França,
Irã e Emirados Árabes Unidos.
O secretário-executivo do ministério reforçou ainda a importância das
medidas de prevenção para reduzir os riscos de contaminação da doença. A
lavagem constante das mãos e evitar levá-las ao rosto e,
principalmente, à boca; o uso de álcool em gel para esterilização das
mãos e o não compartilhamento de utensílios de uso pessoal, como
talheres, copos e travesseiros, entre outros.
Bolsonaro
Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que pode ser que
ele cancele a viagem que faria à Itália devido ao surto de coronavírus
no país europeu.
“Infelizmente, é mais uma realidade ruim que vai ter que ser enfrentada.
Já estamos enfrentando, fazendo o possível”, disse o presidente.
Edição: Fábio Massalli
Nenhum comentário:
Postar um comentário