ELEIÇÕES - Líderes defendem adiamento das eleições municipais
Líderes de partidos que participaram, na terça-feira (16 de
junho), de reunião sobre as eleições municipais deste ano afirmaram que
há consenso quanto à realização do pleito, mas com um possível adiamento
em razão da pandemia de Covid-19. Normalmente realizadas em outubro, a
ideia é que as votações ocorram entre 15 de novembro e 20 de dezembro.
Para ser alterada, a data precisa ser definida por meio de emenda
constitucional aprovada pelas duas Casas do Congresso Nacional. “É
preciso, sim, realizar as eleições, com todo o cuidado, com todo o
respeito. É necessário preservar a democracia e não passar a mensagem de
que se trata de um valor descartável”, afirmou o líder do DEM na Câmara
dos Deputados, Efraim Filho (PB). "É importante que o cidadão tenha
preservado o seu direito de escolher quem vai lhe representar.” O
deputado participou de videoconferência em que autoridades e
especialistas em saúde foram ouvidos pelo presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, para quem o
ideal é que a definição pelo Congresso seja feita até 30 de junho.
Efraim Filho disse acreditar que, com o adiamento, que levará em conta a
redução na curva de contágio pelo novo coronavírus, será possível dar
segurança não apenas ao dia da eleição, mas também ao período de
campanha. “Você tem as convenções e as campanhas. Pelas datas previstas,
começarão ali por meados de setembro”, comentou. (Leia mais no link
abaixo) Tempo de TV - O líder do PDT,
deputado Wolney Queiroz (PE), também considerou positiva a reunião.
“Todos se dispuseram a ouvir a ciência, os médicos, os especialistas
sobre a melhor forma de fazer uma campanha e uma eleição segura”,
avaliou. O PDT, ressaltou o líder, já defendia o adiamento. “Nós
fizemos uma sugestão ao presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que foi
acatada e será levada aos parlamentares, para que a gente, em virtude da
ausência de campanha de rua, também possa ter um tempo maior para as
campanhas de rádio e TV, como forma de facilitar o conhecimento dos
candidatos pelos eleitores”, acrescentou. Rodrigo Maia, que também
participou da videoconferência, declarou ser favorável a aumentar o
tempo de televisão dos candidatos, em um momento em que o isolamento
social é a principal recomendação no enfrentamento da pandemia de
Covid-19. “Aumentar o tempo de televisão, eu acho uma boa ideia”,
disse. “[A propaganda nas redes de rádio e TV] é feita por meio de
renúncia fiscal, por parte das emissoras, não seria nenhum valor
absurdo, dada a importância de se conhecerem os candidatos”, continuou
Maia. Sugestões - Na conferência, Luís Roberto Barroso também
comentou a possibilidade de criação de uma cartilha de orientação para
eleitores e mesários sobre como se portar no dia da votação. Entre as
sugestões apresentadas para além do adiamento do pleito, há a
possibilidade de horários estendidos para a votação, definição de
horários específicos à população vulnerável, treinamento e simulação
sobre medidas de higiene para todos que vão trabalhar e aumento dos
locais de votação para evitar aglomerações. Barroso também destacou as
discussões que estão sendo analisadas na Justiça Eleitoral, como a
possibilidade de suspensão da identificação do eleitor por meio da
biometria, a fim de diminuir o contato físico entre os envolvidos.
(Reportagem – Noéli Nobre e fonte da Agência Câmara de Notícias)
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