A
Secretaria da Saúde do Paraná divulga nesta terça-feira (11 de agosto,
de 2020) o primeiro boletim do novo período sazonal da dengue no estado.
O monitoramento terá sequência até julho de 2021, com dados notificados
pelos municípios, acompanhados pelas Regionais de Saúde e analisados e
publicados pela Coordenadoria de Vigilância Ambiental, vinculada à
Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa. O informe inicia o
período com 79 novos casos confirmados, em 29 municípios. São 484
notificações e 350 casos em investigação. “Mesmo diante da pandemia da
Covid-19 não podemos nos descuidar da dengue, que se mantém como uma das
maiores preocupações do Governo do Estado; nossa mobilização para
combater a proliferação do mosquito transmissor da doença é permanente,
com apoio às ações em todos os municípios”, afirma o secretário da
Saúde, Beto Preto. “O mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, se
prolifera inclusive no inverno, por isso a recomendação de eliminação
dos criadouros é válida para o ano todo. A dengue mata, mas pode ser
evitada com a adoção sistemática da remoção dos focos”, explica o
secretário. Antes do início do novo período epidemiológico, a Sesa
realizou um ciclo com sete vídeoconferências com profissionais que atuam
nas 22 Regionais de Saúde, secretarias municipais e unidades de saúde,
nas áreas de Vigilância e Assistência. Os encontros virtuais foram
realizados com o objetivo de alinhar condutas de prevenção e de manejo
de pacientes com dengue. Mais de 200 profissionais participaram da ação.
Recentemente a Sesa repassou R$ 7 milhões para a aplicação em medidas
de controle e prevenção em 236 municípios. O boletim apresenta, como
novidade, o canal endêmico do Estado representado graficamente. “Por
meio das imagens podemos avaliar as ocorrências e observar se os números
ultrapassam os limites esperados”, explica a coordenadora de Vigilância
Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte. As cidades com maior registro de
casos confirmados na primeira publicação do período são: Foz do Iguaçu
(20), Londrina (14), Pérola (9), Boa Vista da Aparecida (4) e Umuarama
(3); as cidades de Ivaiporã , Maringá, Indianópolis, Goioerê e São
Miguel do Iguaçu tiveram 2 casos confirmados cada uma, e os municípios
de Tibagi, Marechal Cândido Rondon, São Pedro do Ivaí, Apucarana,
Sarandi, Mandaguaçu, Colorado, Querência do Norte, Porto Rico, Inajá,
Cruzeiro do Sul, São Jorge do Patrocínio, Ubiratã, Iretama, Campina da
Lagoa, Cascavel, Medianeira, Marmeleiro e Dois Vizinhos apontaram 1 caso
confirmado. (Veja mais no link abaixo)
Mosquito - O mosquito Aedes aegypti foi introduzido no país no período de colonização do Brasil, vindo da África. Os
registros indicam que os primeiros relatos de dengue foram em Curitiba
no século XIX. Porém, foi outra doença, a febre amarela, que despertou a
preocupação em relação à proliferação do vetor. Nos anos 50 o Brasil
erradicou o Aedes aegypti como forma de controle da febre amarela.
Vírus -
Existem quatro tipos de vírus de dengue no Paraná: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e
DEN-4. Cada pessoa pode contrair a infecção provocada pelos diferentes
sorotipos e a imunidade é gerada após a contaminação por cada um.
A reincidência da dengue pode agravar os sintomas, podendo desenvolver a forma grave da doença.
No
período epidemiológico anterior, o DEN-2 teve a maior circulação. “Como
este vírus ainda não havia predominado no estado, muitas pessoas foram
contaminadas; esta é uma das avaliações que fazemos para o registro de
mais de 220 mil casos confirmados”, comenta Ivana Belmonte.
A
série histórica da doença aponta que o último período, de 2019/2020,
foi o de maior registro de casos, finalizado com 227.724 confirmações e
177 óbitos.
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