Adalto Mandu, reeleito prefeito de Lidianópolis, foi destaque em uma matéria do Portal G1. Ele venceu o pleito com 82,2% dos votos
A
matéria é do Portal G1, e diz que o único prefeito eleito no Paraná e
no sul do país que se autodeclarou preto nas eleições municipais deste
ano, conta que foi vítima de preconceito por diversas vezes, mas que
essas situações o motivaram, o estimularam a seguir na carreira
política. “Quando chego nos lugares com o meu vice, que é branco, as
pessoas vão direto nele achando que ele é o prefeito. Na primeira vez
que fui para Curitiba e isso aconteceu fiquei chateado, mas depois usei
isso como motivação”, contou Adauto Mandu. Adauto Mandu, do Podemos,
foi reeleito prefeito de Lidianópolis, município que fica no norte do
Paraná, com 82,2% dos votos. A cidade tem 3.972 moradores, e ele recebeu
2.180 votos. Antes de ser prefeito, também foi o primeiro vereador
negro da cidade. “Não tenho vergonha da minha cor, é a realidade. Não
podemos ficar escondendo a cor da pele, achar que isso é um problema.
Precisamos acreditar em nós mesmos e irmos atrás dos nossos objetivos.
Somos todos iguais”, disse o prefeito. Conforme dados divulgados pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Paraná somente 24 candidatos a
prefeito que disputaram as eleições municipais se autodeclararam pretos.
Apenas Adauto Mandu foi eleito. Em Santa Catarina oito candidatos a
prefeito declararam que são pretos, nenhum deles foi eleito. No Rio
Grande do Sul, 11 candidatos também a prefeitos declararam ao TSE que
são pretos, e assim como em Santa Catarina, nenhum deles foi eleito.
Para a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da
Universidade Estadual de Londrina (UEL) Maria Nilza da Silva, os números
são um retrato da desigualdade social, dos estigmas relacionados à
pessoa negra e de uma sociedade que ainda inferioriza a pessoa por causa
da cor da pele. “Para que a sociedade vote em uma pessoa negra ela
precisa superar os estigmas morais, éticos e de conhecimento
relacionados aos negros. Para mudar isso, é preciso que todas as
instituições lutem contra o racismo, que as pessoas superem o
preconceito que está interiorizado e que a própria população negra
acredite no seu potencial”, destacou a professora titular de Sociologia
da UEL. O prefeito de Lidianópolis afirma que por mais que as pessoas
neguem que há racismo na sociedade, as atitudes de muitas demonstram o
contrário. Mandu lembra que foi chamado de macaco por um policial
durante um evento esportivo na cidade e que também foi confundido como
segurança ou motorista da prefeitura. Clique Aqui e leia a matéria completa no G1.
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